sábado, 11 de outubro de 2008

Tem dias que só chico nos alcança!!!

Roda viva - Chico Buarque de Holanda

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...

A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Texto antigo, só pra não deixar isso muito dark...

Vou usar esse espaço não para falar de mim...mais para agradecer de maneira singela a todas as pessoas que fazem da Fernanda a pessoa que ela é. Primeiramente um MUITO obrigada aos amigos, que as vezes esqueço de dizer o quanto são importantes...inclusive os de longe...obrigada pelas risadas, por me descontraírem quando eu estava estressada, por enxugarem minhas lagrimas quando eu chorava, por serem os colos mais gostosos do mundo, pelas massagens, pelas cantorias aos berros, e principalmente por terem me carregado quando eu já não agüentava mais seguir, vocês são irmãos, irmãos escolhidos e muito queridos, obrigada por fazerem parte da minha vida e torna-la mais agradável. Devo agradecimentos a minha família, berço e razão para todo o que eu sou, faço, e farei, aos mais afastados saibam que os amo e muito, aos mais próximos saibam que a vida seria muito mais muito mais triste sem suas risadas, suas loucuras, seus Eu Te Amo, suas eternas lagrimas nas partidas, e outras eternas nas chegadas, os “boa noite” que não terminavam nunca, as brigas, as lagrimas, enfim...minha vida seria vazia e triste sem vocês, família vocês são a razão da minha vida!!! Meu eterno exemplo, do que fazer e também do que não fazer hehe... eternamente obrigada...em especial aos meus pais amados, imensamente amados, obrigada por me darem a vida, meu bem mais precioso, vocês são a principal razão de existir a Fernanda.
E finalmente o meu eterno e incomensurável agradecimento a você Deus, que fez, e faz tudo isso ser possível, que nunca me deixa sozinha, que é a razão da minha força em viver e tentar fazer disso algo especial, algo diferente, obrigada por toda a tua ética que é perfeita, e obrigada por entender que somos pequenos e não conseguimos cumpri-la na sua perfeição, obrigada sempre e pra sempre, e me desculpa se não te digo isso todas as vezes que deveria dizer.

Amo vocês!!!

O peso da onisciência

Cai uma chuva fina, como se o mundo começasse a chorar...e os raios ao longe, silenciosos mostram a fúria discreta da natureza com as nossas ações.
Tem dias que são terríveis em nossas vidas, mas passamos por eles como vencedores, nos agarrando a breve miragem de um amanhã melhor...mas hoje não!!! Hoje é um dia daqueles que por mais terrível que possa ter sido, eu olho pra frente e vejo um amanhã pior, aquele fio de esperança não está a esperar pelos morto e feridos, apenas o peso inimaginável da nossa própria consciência. Tudo se resume em culpa! Odiamos, xingamos o mundo, seus integrantes, e Deus pelas coisas que não saem exatamente como queríamos, e colocamos a culpa das nossas decisões neles, e nos isentamos da responsabilidade que temos em todas as decisões de nossas vidas, por mais difíceis que sejam. O tempo passa, tudo fica no passado, o ódio, todos os sentimentos confusos do momento, as palavras proferidas sem pensar, as impressões, tudo passa...mas fica uma coisa incomoda, aquela coisa que sempre estará ali, que nunca será bem definida, pois é claro não queremos observa-la, mas estará lá! Um determinado dia, quando menos esperamos, ela vem a tona, sem motivo ou porque, ela desconta e pede o acerto de contas, sem querer saber se tudo foi justo ou não, se não tivemos escolha ou não, nem se éramos fortes ou não, ela simplesmente nos cobra, e sempre com juros.
Culpa cruel e infame, que nos afunda até tirar o sangue, que nem sempre para ao tira-lo, e de onde ninguém consegue nos tirar. Um caminho solitário, com todo mundo ao nosso redor, um caminho cruel, pois nosso algoz é a nossa sombra.